Banca e Jovens: Apoio à Compra de Casa em Portugal Bancos reforçam apoio a jovens para compra de casa, com novas garantias públicas e condições especiais para facilitar o acesso à habitação. 21 jul 2025 min de leitura A banca em Portugal está a intensificar os esforços para apoiar os jovens na compra da primeira casa, aproveitando os fundos adicionais das garantias públicas disponibilizadas pelo Governo. Este apoio, que visa reduzir as dificuldades de acesso ao crédito habitacional, é essencial num contexto de preços elevados e desafios económicos para as novas gerações. Garantias Públicas para Jovens: Como Funcionam? O acesso à habitação tem sido um dos maiores desafios para os jovens em Portugal, com os preços das casas a subir significativamente nos últimos anos. Para aliviar este peso financeiro, o Governo criou uma garantia pública inicial de mil milhões de euros, destinada a facilitar a concessão de crédito à habitação para os jovens. Recentemente, este montante foi reforçado com mais 200 milhões de euros, permitindo que mais bancos possam beneficiar desta medida e, por consequência, disponibilizar condições mais acessíveis para os jovens compradores. A lógica destas garantias é simples: ao reduzir o risco para os bancos, estes podem oferecer melhores condições de crédito, como juros mais baixos e prazos mais alargados, tornando a compra de casa mais acessível para os jovens. Este mecanismo é particularmente importante para aqueles que enfrentam dificuldades em poupar para uma entrada ou que têm contratos de trabalho mais precários. Distribuição dos Fundos Adicionais Parte deste montante adicional já começou a ser utilizado. O Banco Montepio, por exemplo, recebeu 55 milhões de euros, enquanto a UCI (União de Créditos Imobiliários) beneficiou de três milhões, permitindo-lhes reforçar a oferta de crédito para jovens. Estes valores fazem parte da reserva adicional de 200 milhões, criada para responder a uma procura mais intensa por parte dos bancos que desejam participar no programa. Ainda assim, apesar deste reforço, grande parte do fundo inicial de mil milhões de euros permanece disponível, indicando que muitos bancos ainda não exploraram totalmente esta oportunidade. Esta situação pode refletir a necessidade de ajustes na comunicação ou nas condições oferecidas, de forma a atrair mais jovens para o mercado imobiliário. Desafios para os Jovens no Mercado Imobiliário Embora as garantias públicas representem um apoio significativo, os jovens continuam a enfrentar vários obstáculos para comprar casa em Portugal. Entre os principais desafios estão: Elevado Custo de Habitação Os preços médios das casas continuam a subir, especialmente nas grandes cidades como Lisboa e Porto, onde a procura excede em muito a oferta. Dificuldade em Poupar para a Entrada Com salários mais baixos e contratos de trabalho muitas vezes precários, muitos jovens têm dificuldade em acumular o valor necessário para a entrada, que pode representar até 20% do valor do imóvel. Taxas de Juro Elevadas Embora as garantias ajudem a reduzir o risco, as taxas de juro para crédito à habitação ainda estão elevadas, o que aumenta o custo total do financiamento. Incerteza Económica O aumento do custo de vida e a inflação elevada também pesam na capacidade financeira dos jovens, tornando a decisão de comprar casa ainda mais complexa. Oportunidades para a Banca e os Jovens Para os bancos, este reforço nas garantias públicas representa não só uma oportunidade de aumentar a concessão de crédito, mas também de fortalecer as relações com os clientes mais jovens. Oferecer condições competitivas e serviços adaptados às necessidades desta geração pode ser uma forma eficaz de fidelizar clientes a longo prazo. Por outro lado, para os jovens, esta é uma oportunidade para finalmente entrar no mercado imobiliário, aproveitando condições mais vantajosas e reduzindo o impacto inicial do investimento. É também uma forma de criar património e estabilidade financeira, algo que muitos consideram essencial para o seu futuro. Próximos Passos para o Mercado Imobiliário Jovem Com os fundos adicionais já em uso e a procura por crédito a aumentar, é esperado que mais bancos se juntem a esta iniciativa nos próximos meses. Além disso, é provável que o Governo continue a ajustar estas políticas, respondendo às necessidades dos jovens e promovendo o acesso à habitação em Portugal. No entanto, para que esta medida tenha um impacto real, é necessário que os bancos continuem a adaptar as suas ofertas e que os jovens se sintam seguros para investir numa casa, mesmo num contexto económico incerto. Com as garantias públicas a facilitar o acesso ao crédito, o próximo desafio será garantir que os jovens consigam encontrar imóveis acessíveis e adequados às suas necessidades, num mercado que continua a ser altamente competitivo e dinâmico. FONTE: SUPERCASA Partilhar artigo FacebookXPinterestWhatsAppCopiar link Link copiado