Taxas de crédito atualizadas para 2025: saiba o que mudou

Banco de Portugal ajusta as taxas máximas para cartões de crédito e outros contratos.
27 jan 2025 min de leitura
O Banco de Portugal divulgou as taxas máximas aplicáveis aos diferentes tipos de crédito ao consumidor para o primeiro trimestre de 2025. Estes valores incluem ajustes que afetam cartões de crédito, linhas de crédito, crédito automóvel e crédito pessoal, refletindo mudanças de ligeira subida ou descida, conforme a categoria do financiamento.

As taxas máximas são fixadas trimestralmente com base na Taxa Anual de Encargos Efetiva Global (TAEG), que inclui todos os custos associados ao crédito, como juros e comissões, acrescida de um fator adicional. Estas medidas visam proteger os consumidores de taxas desproporcionalmente elevadas e garantir transparência no mercado financeiro.

Para o período de janeiro a março de 2025, a taxa máxima para cartões de crédito e linhas de crédito foi fixada em 19,2%, representando um aumento marginal de 0,1 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior. Este ajuste reflete uma tendência de subida gradual, possivelmente motivada por alterações nas condições de mercado, como a inflação ou variações na taxa de juro de referência.

Os consumidores devem estar atentos a estas alterações, uma vez que as taxas mais elevadas podem traduzir-se em custos acrescidos nas operações de crédito do dia a dia. Contudo, as instituições financeiras estão obrigadas a respeitar os limites impostos pelo Banco de Portugal, o que confere alguma previsibilidade e proteção aos clientes bancários.

Crédito automóvel

No crédito automóvel, as taxas máximas apresentaram comportamentos distintos, dependendo do tipo de veículo e do modelo de financiamento:
  • Veículos Novos:
    • A TAEG máxima desceu de 6,8% para 6,4% no caso da locação financeira ou ALD (aluguer de longa duração).
    • Já nos contratos com reserva de propriedade, a taxa caiu ligeiramente de 11,4% para 11,3%.
  • Veículos Usados:
    • A locação financeira viu a TAEG máxima subir de 7,8% para 8,3%.
    • Para créditos com reserva de propriedade e outros, houve uma descida marginal de 14,5% para 14,4%.
Estas variações sugerem que o financiamento de veículos novos está a tornar-se mais acessível em termos de encargos totais, enquanto os usados, particularmente na locação financeira, enfrentam um ligeiro aumento.

Crédito pessoal

No segmento de crédito pessoal, as mudanças foram também significativas, com alguns tipos de crédito a beneficiar de reduções:
  • Educação, saúde, energias renováveis e locação de equipamentos:
A TAEG máxima desceu de 9,3% para 9,0%, uma mudança positiva para quem procura financiamento com estas finalidades.
  • Créditos pessoais sem finalidade específica:
Para outras finalidades, como habitação, crédito consolidado ou despesas gerais, houve um aumento de 15,8% para 15,9%. Embora pequeno, este acréscimo pode pesar no custo final dos empréstimos.

Como são calculadas as taxas máximas?

As taxas máximas são determinadas com base nas TAEG médias praticadas pelas instituições financeiras no trimestre anterior, acrescidas de 25%. Além disso, nenhum contrato pode exceder em 50% a TAEG média global de todos os contratos celebrados no período de referência. Este regime visa manter os encargos dentro de limites razoáveis, prevenindo práticas abusivas.

No caso de facilidades de descoberto (como o cheque especial), as regras determinam que a TAEG máxima seja igual àquela aplicada a contratos de crédito semelhantes, mas com prazos de reembolso superiores a um mês. Este alinhamento garante que as condições não se tornem excessivamente penalizadoras para os consumidores.

Dicas para consumidores ao contratar crédito


Com as taxas máximas atualizadas, é essencial que os consumidores estejam informados e façam escolhas conscientes. Eis algumas sugestões para quem pretende contratar crédito nos próximos meses:
  1. Compare as ofertas: utilize simuladores e analise as TAEG oferecidas por diferentes instituições. Escolha aquela que apresenta os menores encargos totais.
  2. Analise a finalidade do crédito: algumas finalidades, como educação ou saúde, beneficiam de taxas mais baixas. Avalie se é possível enquadrar o seu pedido nessas categorias.
  3. Evite usar facilidades de descoberto frequentemente: estas operações geralmente têm taxas elevadas. Opte por um crédito mais estruturado, se possível.
  4. Leia as condições com atenção: certifique-se de que entende todos os custos associados, como comissões e seguros obrigatórios.
  5. Reveja o orçamento familiar: antes de contratar qualquer crédito, analise a sua capacidade de reembolso para evitar problemas financeiros no futuro.
Estas alterações refletem um equilíbrio entre a necessidade de proteger os consumidores e a adaptação das instituições financeiras às condições económicas. Para os clientes bancários, as taxas máximas garantem um limite aos encargos, mas é sempre importante negociar as melhores condições possíveis e evitar compromissos financeiros acima das suas possibilidades.


Por outro lado, para os bancos, as taxas máximas podem representar um desafio, especialmente em cenários de subida de juros ou maior risco de incumprimento por parte dos clientes. É, portanto, um exercício de equilíbrio entre oferta responsável e sustentabilidade financeira.
Com estas alterações em vigor, os consumidores têm mais um motivo para acompanhar de perto a evolução do mercado e tomar decisões informadas sobre a gestão do seu crédito.

FONTE: SUPERCASA
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