Portugal tem vindo a ganhar destaque no mercado imobiliário internacional, consolidando-se como um dos países com casas mais caras do mundo. O início de 2025 revelou uma valorização expressiva dos imóveis, colocando o país no terceiro lugar a nível global. Este fenómeno é resultado de múltiplos fatores, incluindo a procura internacional, a atratividade das cidades e a estabilidade do setor residencial e turístico.

O aumento médio dos preços das habitações em Portugal foi significativo, refletindo uma tendência positiva que se mantém desde o último trimestre de 2024. Lisboa, Porto e Algarve continuam a ser as regiões mais procuradas, mas outras cidades, como Braga, Setúbal e Funchal, começam a ganhar protagonismo no panorama imobiliário nacional. O crescimento de preços em regiões secundárias mostra que o interesse por imóveis de qualidade se estende para além dos grandes centros urbanos.

A procura internacional tem desempenhado um papel central neste crescimento. Investidores estrangeiros valorizam Portugal pelo clima, segurança e estabilidade económica, bem como pelo potencial de valorização contínua dos imóveis. Esta procura contribui diretamente para que Portugal figure entre os países com casas mais caras do mundo, ao lado de mercados europeus e asiáticos dinâmicos.

Ao mesmo tempo, o consumidor nacional demonstra maior exigência, procurando imóveis modernos, bem localizados e com qualidade de construção elevada. Este comportamento aumenta a pressão sobre os preços, especialmente nas zonas centrais das grandes cidades, onde a oferta limitada não consegue acompanhar a procura crescente.

O estatuto de país com casas mais caras do mundo traz também desafios internos. A acessibilidade à habitação torna-se cada vez mais complicada para famílias de rendimento médio. A escalada dos preços dificulta a compra de casa, aumentando a necessidade de políticas de regulação, incentivos à construção e oferta de habitação acessível. A resposta a este desafio é crucial para equilibrar o mercado e garantir que o crescimento não exclua parte da população.

Comparando com outros mercados, Portugal destaca-se pela resiliência e consistência na valorização dos imóveis. Apesar da inflação global e de algumas correções em mercados como a China e Hong Kong, o mercado português mantém uma tendência sólida, com aumentos nominais superiores à média mundial. Isto reforça a posição do país entre os líderes do ranking de países com casas mais caras do mundo.

Perspetivas futuras apontam para a manutenção desta posição. A combinação de procura internacional, interesse turístico e políticas de desenvolvimento urbano sustentável deverá sustentar o crescimento imobiliário. Embora os aumentos possam ser mais moderados e controlados pelo contexto económico europeu, Portugal continua a ser um destino privilegiado para investidores e compradores que procuram imóveis de qualidade.

O estatuto de país com casas mais caras do mundo reflete não só a valorização financeira dos imóveis, mas também a atratividade de Portugal como destino residencial e turístico. Este reconhecimento internacional confirma o mercado português como dinâmico, seguro e em constante evolução, projetando-se para os próximos anos como um dos principais centros imobiliários da Europa.

FONTE : CASA SAPO