IMT Jovem: medida já poupou 25 milhões a jovens compradores

Mais de 6.500 jovens beneficiaram de isenção de IMT e Imposto do Selo na compra da primeira habitação, acumulando 25 milhões de euros em poupanças fiscais.
02 dez 2024 min de leitura
Desde agosto de 2024, milhares de jovens portugueses conseguiram finalmente concretizar o sonho da primeira habitação com um incentivo importante: a isenção do IMT (Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis) e do Imposto do Selo. Esta medida, designada IMT Jovem, foi lançada pelo Governo para aliviar os encargos dos mais jovens e facilitar o acesso à compra de casa num mercado imobiliário cada vez mais competitivo. Segundo dados do Ministério das Finanças, entre 1 de agosto e 17 de outubro de 2024, a poupança total acumulada pelos jovens que aproveitaram esta isenção fiscal já ultrapassa os 25 milhões de euros, abrangendo quase 6.600 beneficiários.

Jovens compram a primeira casa com menos encargos

A compra de casa é, para muitos jovens, um passo difícil devido ao elevado custo do imobiliário em Portugal e à pressão financeira associada. Os impostos sobre a aquisição de imóveis representam, frequentemente, um obstáculo adicional ao investimento na primeira habitação. Com o IMT Jovem, o Governo pretende reduzir este peso fiscal para quem tem até 35 anos e está a adquirir a primeira residência permanente.

Quem é elegível para o IMT Jovem? Para beneficiar desta isenção, os jovens precisam de cumprir alguns requisitos:
  • Ter até 35 anos;
  • Não serem proprietários de qualquer outro imóvel habitacional;
  • Estarem a comprar uma habitação que será a sua residência permanente.

Estes requisitos visam assegurar que o benefício se destina a apoiar jovens que estão realmente a entrar no mercado imobiliário pela primeira vez. Segundo o Ministério das Finanças, os 25 milhões de euros poupados até outubro refletem já um impacto positivo, facilitando o acesso dos jovens ao mercado de habitação própria.

A isenção de IMT e do Imposto do Selo, sob o IMT Jovem, não abrange qualquer imóvel. Para usufruir da isenção total do IMT, o valor da casa adquirida deve ser igual ou inferior a 316.772 euros. Quando o imóvel tem um valor superior a este limite, a isenção é parcial, aplicando-se apenas à parcela que corresponde ao valor de referência.

No caso de imóveis entre 316.772 euros e 633.453 euros, os jovens beneficiam de uma redução parcial, com a aplicação de uma taxa reduzida de 8% sobre o valor que ultrapassa o limite de isenção total. A partir de janeiro de 2025, os valores máximos para isenção total e parcial vão ser atualizados, de acordo com o Orçamento do Estado para 2025, uma medida que poderá trazer ainda mais benefícios aos jovens.

Além da isenção do IMT, também o Imposto do Selo, que incide sobre as transações imobiliárias, é reduzido para os beneficiários desta medida, representando uma poupança adicional no momento da compra.

Isenção aplicada apenas a um dos elementos do casal

Quando o imóvel é comprado por um casal em que apenas um dos elementos tem menos de 35 anos, a isenção aplica-se exclusivamente a esse elemento. Esta restrição assegura que o benefício fiscal se destina ao membro mais jovem do casal e é atribuída na data da escritura.

É importante notar que a idade é verificada no momento da escritura e não no momento de celebração de contrato-promessa ou de obtenção de financiamento. Este detalhe pode influenciar o planeamento dos jovens que estão próximos do limite de idade e pretendem beneficiar desta isenção.

O impacto do IMT Jovem é visível não só no alívio fiscal imediato para quem compra a primeira casa, mas também na dinâmica do mercado imobiliário. Com a isenção, os jovens têm mais condições para competir no mercado e concretizar a compra de imóveis que, de outra forma, poderiam estar fora do seu alcance. Esta medida contribui para dinamizar o mercado de habitação jovem, reduzindo algumas das barreiras financeiras e aumentando a procura por imóveis de valor acessível.

Num cenário onde o custo da habitação tem sido um desafio crescente, a isenção de IMT e de Imposto do Selo representa uma ajuda significativa para os jovens, que enfrentam não só a subida dos preços dos imóveis, mas também as taxas de juro elevadas no crédito à habitação.

Este incentivo fiscal à habitação jovem é uma das várias medidas adotadas para tentar tornar o acesso à habitação mais acessível em Portugal, especialmente nas áreas metropolitanas onde os preços são mais altos. O objetivo a longo prazo é promover a sustentabilidade habitacional para as gerações mais novas, permitindo-lhes fixar-se em zonas urbanas e potenciar o desenvolvimento social e económico das comunidades.

Com a atualização dos limites para isenção de IMT em 2025, espera-se que um número ainda maior de jovens possa beneficiar do incentivo, ampliando o impacto positivo da medida.

No contexto de um mercado imobiliário complexo, marcado pela escassez de oferta e pela subida dos preços, o IMT Jovem revela-se uma solução importante. A poupança acumulada de 25 milhões de euros é um indicador de que a medida tem cumprido o objetivo de tornar a compra de casa mais acessível aos jovens, pelo menos a curto prazo.

No entanto, para muitos, este incentivo é apenas uma parte da solução para a crise da habitação. É preciso continuar a aumentar a oferta de habitação a preços acessíveis e a criar condições de estabilidade financeira que promovam a compra de casa como uma opção viável.

O IMT Jovem é um primeiro passo para facilitar o acesso dos jovens à habitação, mas será essencial que medidas complementares sejam desenvolvidas para garantir que a casa própria se torne uma realidade acessível para todos. Com a renovação deste incentivo e a sua expansão no próximo ano, é provável que a iniciativa continue a ter um impacto positivo na vida de milhares de jovens portugueses.

FONTE: SUPERCASA
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