Habitação: descida dos juros e novas perspetivas no mercado Os juros do crédito à habitação continuam a cair, abrindo novas oportunidades para compradores e investidores em Portugal. 06 nov 2025 min de leitura Queda contínua dos juros favorece a habitação O mercado da habitação em Portugal atravessa um período de ajustamento significativo, marcado pela descida contínua das taxas de juro. Em setembro, os juros implícitos nos contratos existentes atingiram 3,228%, enquanto os novos contratos registaram 2,873%. Estes valores representam uma tendência de abrandamento nos custos do crédito à habitação, mantendo o mercado mais acessível e estimulando o interesse de potenciais compradores. A descida de 7,9 pontos base face a agosto evidencia a influência direta da política monetária europeia. O Banco Central Europeu manteve as taxas de juro inalteradas na última reunião, demonstrando cautela perante a inflação e os sinais de recuperação económica. Esta estabilidade permite que a habitação continue a ser uma opção viável para famílias e investidores, promovendo um equilíbrio entre oferta e procura. Impacto nos contratos e oportunidades para investidores Apesar da redução dos juros, o valor das prestações em contratos recentes aumentou ligeiramente, fixando-se em 666 euros, enquanto os contratos antigos registaram uma média de 393 euros por mês. A diferença reside sobretudo na estrutura de amortização e nos valores médios em dívida. Atualmente, o capital médio em dívida nos créditos à habitação é de 73.496 euros, um aumento que reflete tanto a valorização imobiliária como a evolução do mercado de habitação ao longo dos últimos anos. A descida contínua dos juros cria oportunidades para o financiamento de habitação, incentivando a compra de casa própria e o investimento em imóveis. Este cenário beneficia especialmente os jovens e as famílias que procuram estabilidade habitacional, permitindo planear a aquisição de imóveis com custos mais controlados e previsíveis. Ao mesmo tempo, a redução dos encargos financeiros pode impulsionar projetos de reabilitação urbana, fomentando a renovação de bairros e a melhoria da qualidade de vida nos centros urbanos. Desafios e futuro do mercado da habitação O mercado de habitação em Portugal continua a enfrentar desafios relacionados com a escassez de oferta e a pressão sobre os preços, sobretudo nas grandes cidades e zonas metropolitanas. A acessibilidade financeira continua a ser um tema central, mas as condições favoráveis de financiamento contribuem para reduzir barreiras de entrada e dinamizar o setor. Investidores privados, promotores imobiliários e famílias encontram agora um ambiente mais propício para tomar decisões estratégicas e seguras. Além da dimensão financeira, a habitação é também um indicador de estabilidade económica e social. O aumento da procura por imóveis reflete a confiança dos cidadãos na recuperação do país, enquanto a manutenção de juros baixos reforça a previsibilidade do mercado. Com políticas de incentivo à construção, reabilitação e financiamento, é possível equilibrar a oferta de habitação com a procura crescente, garantindo soluções para diferentes perfis de residentes e investidores. Estratégias para consolidar o mercado da habitação O futuro da habitação em Portugal dependerá da capacidade de conjugar medidas de financiamento, planeamento urbano e inovação. A digitalização dos processos de crédito, a simplificação de licenciamentos e a implementação de políticas habitacionais sustentáveis são fatores-chave para manter o mercado dinâmico e resiliente. Este equilíbrio entre acessibilidade, estabilidade financeira e qualidade de vida será decisivo para o crescimento sustentável do setor. Em síntese, a descida dos juros do crédito à habitação representa uma oportunidade estratégica para todos os intervenientes no mercado. O ambiente financeiro favorável, aliado à procura consistente e às perspetivas de valorização imobiliária, cria um contexto promissor para quem procura habitação em Portugal, seja para residir ou investir. A habitação deixa de ser apenas um bem de consumo e torna-se uma componente essencial da estabilidade económica e social do país. FONTE: SUPERCASA Partilhar artigo FacebookXPinterestWhatsAppCopiar link Link copiado