Avaliação bancária das casas cresce em janeiro de 2025

O valor mediano da avaliação bancária foi 1.774 euros por metro quadrado em janeiro, um novo máximo impulsionado pelos incentivos à primeira casa.
19 abr 2025 min de leitura
Em janeiro de 2025, os bancos realizaram cerca de 35.270 avaliações imobiliárias, representando uma descida de 5,1% face ao mês anterior, mas um aumento expressivo de 22,1% em termos homólogos. O valor mediano da avaliação bancária para habitação fixou-se em 1.774 euros por metro quadrado, registando um crescimento de 27 euros em relação a dezembro de 2024. A variação anual atingiu 14,5%, superior aos 13,7% observados no final do ano passado.

Os dados revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que este valor representa um novo máximo histórico no contexto de recentes incentivos para a aquisição de habitação por jovens. Estes incentivos incluem a isenção do pagamento do Imposto Municipal sobre Transmissões (IMT), do imposto do selo e de emolumentos, bem como a possibilidade de financiamento a 100% através de uma garantia pública para compradores com idade até 35 anos.

As regiões com maiores aumentos face a dezembro de 2024 foram o Centro, a Península de Setúbal e o Alentejo, com um crescimento de 1,8%. A única descida registada ocorreu na Região Autónoma dos Açores, onde a avaliação bancária desceu 1,4%. Comparando com janeiro do ano anterior, verificou-se um crescimento generalizado, com a Península de Setúbal a liderar o aumento (14,6%).

No segmento dos apartamentos, o valor mediano da avaliação bancária foi de 1.993 euros por metro quadrado, refletindo um aumento de 15,5% em relação a janeiro de 2024. As regiões com os valores mais elevados foram a Grande Lisboa (2.641 euros) e o Algarve (2.293 euros), enquanto o Alentejo apresentou o valor mais baixo (1.248 euros). O maior crescimento homólogo ocorreu na Região Autónoma dos Açores, com um aumento de 19,3%.

No caso das moradias, o valor mediano atingiu 1.326 euros por metro quadrado, registando um aumento de 8,5% em relação a dezembro. A Grande Lisboa (2.445 euros) e o Algarve (2.376 euros) mantiveram-se como as zonas com os valores mais elevados, enquanto o Centro e o Alentejo apresentaram as avaliações mais baixas (1.029 euros e 1.064 euros, respetivamente). A Região Autónoma da Madeira destacou-se pelo crescimento homólogo mais expressivo (11,7%).

INE destaca ainda que, para a determinação do valor mediano da avaliação bancária, foram consideradas 22.702 avaliações de apartamentos e 12.568 de moradias. Embora tenha ocorrido uma redução de 1.901 avaliações face ao mês anterior, a comparação homóloga demonstra uma forte tendência de crescimento no setor.

A evolução do valor da avaliação bancária reflete a dinâmica do mercado imobiliário, impulsionada por fatores como a oferta reduzida, o aumento da procura e os novos apoios públicos. O setor imobiliário continua a ser um dos mais dinâmicos da economia, sendo influenciado não apenas pela conjuntura económica, mas também pela política monetária e pela disponibilidade de crédito.

A estabilidade dos preços dependerá de vários fatores, incluindo a capacidade de construção de novas habitações para equilibrar a oferta com a procura crescente. A previsão para os próximos meses aponta para uma manutenção desta tendência de crescimento, podendo ser influenciada por possíveis alterações nas taxas de juro e na disponibilidade de financiamento.

Com um cenário de valorização sustentada, os compradores enfrentam desafios acrescidos na aquisição de habitação, enquanto os bancos ajustam as suas avaliações para garantir maior segurança no financiamento imobiliário. O setor continuará sob atenção, especialmente perante as mudanças económicas e as políticas habitacionais futuras.

FONTE: SUPERCASA
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