Em 2025, os senhorios poderão aumentar as rendas em até 2,16%.
Esse limite é baseado na variação média do índice de preços, excluindo a habitação, conforme divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Este percentual representa uma redução significativa em comparação com o aumento de 6,94% permitido para o ano anterior.
 

Processo de atualização


O valor final da atualização das rendas deve ser publicado oficialmente no Diário da República até 30 de outubro de 2024. Após essa publicação, os senhorios poderão informar os inquilinos sobre o novo valor da renda. O aumento só poderá ser efetivamente aplicado 30 dias após essa comunicação aos inquilinos.


Contexto da atualização das rendas


O aumento das rendas é regulado pelo Novo Regime do Arrendamento Urbano (NRAU), que estabelece as regras para a atualização anual dos valores das rendas de habitação em Portugal. A atualização das rendas baseia-se na variação do índice de preços ao consumidor, excluindo a habitação, para refletir a inflação e os custos de vida sem impactar diretamente o mercado imobiliário.
 

Variação média dos preços

O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou que, nos últimos 12 meses até agosto de 2024, a variação média do índice de preços, excluindo a habitação, foi de 2,16%. Esse valor é utilizado para calcular o coeficiente de atualização das rendas para o ano seguinte.
O aumento permitido de 2,16% para 2025 é uma forma de ajustar as rendas de acordo com a inflação, sem sobrecarregar excessivamente os inquilinos ou impactar negativamente o mercado de arrendamento.
 

Comparação com anos anteriores


O aumento permitido de 2,16% para 2025 representa um abrandamento considerável em comparação com o aumento de 6,94% registado no ano anterior.
Em 2024, o Governo decidiu não impor um teto máximo para as rendas, ao contrário do que foi feito em 2023, mas introduziu medidas para reforçar o apoio aos inquilinos, reconhecendo o impacto da inflação nas despesas habitacionais.
 

Dados recentes das rendas


Os dados mais recentes indicam que, em agosto de 2024, as rendas de habitação aumentaram em média 7,2% em relação ao ano anterior.

A Madeira destacou-se com o maior aumento de 7,7%. Este crescimento nas rendas reflete a pressão inflacionária e a procura no mercado imobiliário. A variação mensal das rendas foi de 0,4%, com o Algarve e a Madeira apresentando as maiores variações mensais positivas de 0,6%. Não foram observadas variações negativas nas rendas em qualquer região, indicando um mercado de arrendamento em alta.
 

Impacto e perspetivas


O aumento das rendas pode ter um impacto significativo tanto para os senhorios quanto para os inquilinos.
Enquanto os senhorios podem ajustar os valores das rendas para acompanhar a inflação e aumentar a rentabilidade dos seus imóveis, os inquilinos enfrentam um aumento nos custos habitacionais, o que pode afetar a acessibilidade e a estabilidade financeira.
As medidas de apoio aos inquilinos implementadas pelo Governo visam mitigar esses impactos e garantir que o mercado de arrendamento continue a funcionar de forma equilibrada e justa.

FONTE: SUPERCASA